Com suporte nas preocupações globais e de olho nas principais origens, o mercado futuro do café abriu mais um pregão com expressiva valorização. Com as altas desta manhã, o arábica ultrapassou 240 cents/lbp e o robusta rompeu o nível técnico de US$ 4400 a tonelada em Londres.
Por volta das 09h28 (horário de Brasília), setembro/24 tinha alta de 880 pontos, negociado por 243 cents/lbp, dezembro/24 tinha valorização de 825 pontos, valendo 240,45 cents/lbp, março/25 tinha valorização de 835 pontos, cotado por 238,15 cents/lbp e maio/25 tinha alta de 820 pontos, valendo 235,55 cents/lbp.
Em Londres, o robusta com vencimento em setembro/24 tinha alta de US$ 111 por tonelada, negociado por US$ 4459, novembro/24 tinha alta de US$ 101 por tonelada, cotado por US$ 4277, janeiro/25 tinha valorização de US$ 93 por tonelada, cotado por US$ 4083 e março/25 tinha valorização de US$ 74 por tonelada, valendo US$ 3921.
Segundo Fernando Maximiliano, o mercado segue refletindo as incertezas com a oferta do Vietnã. "É um cenário apertada no Vietnã, essa situação não vai melhorar no curto prazo porque a safra vietnamita começa só em novembro", afirma o analista.
Faltando um longo período para o início da safra, que ainda é incerta para o mercado, os preços devem se sustentar, refletindo também no arábica. O analista destaca ainda que os dados de exportação do Vietnã, que registraram queda de 11% no último mês com 893.820 toneladas.
"Além disso temos o Brasil que está apresentando rendimento aquém do esperado em algumas regiões e os produtores, mesmo com os preços atuais, aguardam na expectativa de preços ainda melhores", complementa.
É importante ressaltar que com as altas dos últimos meses, o produtor brasileiro aproveitou o momento para a "organizar a casa", se capitalizou e agora consegue participar do mercado de forma mais assertiva. "É um cenário importante. O cenário de oferta apertada no Vietnã é real, os diferenciais avançaram novamente e por isso nós estamos vendo essa valorização", finaliza o especialista.