Após dias de fortes quedas diante apreensão de uma recessão global, o mercado do café volta a monitorar os fundamentos e trabalhava com fortes altas nas bolsas internacionais no início da manhã desta quinta-feira (10).
Segundo o analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, os fundamentos do café seguem os mesmos: problemas climáticos que afetaram a granação dos grãos da safra 2025, teremos uma quebra de produção nesta temporada (principalmente para o arábica) e os estoques estão praticamente zerados. "Ainda temos a incerteza de
como o mercado global será afetado por essa taxação (por hora adiada). Neste cenário, o Brasil chega como uma alternativa para exportação de cafés diante das altas taxas de outros países produtores. Porém, estamos com os estoques quase zerados e com a possibilidade de uma quebra da safra 2025. Com isso, mesmo diante destas oportunidades de novos mercados que podem surgir para o café brasileiro, talvez a gente não tenha produto suficiente para suprir as exportações deste ano e a demanda interna", comentou.
Outro ponto que pesa sobre os preços são os dados divulgados nesta quarta-feira (09) pelo Cecaféque, que apontam uma queda de 24,9% nas exportações brasileiras no mês de março de 2025, comparado ao mesmo período do ano passado.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 1.470 pontos no valor de 356,40 cents/lbp no vencimento de maio/25, um aumento de 1.400 pontos negociado por 354,55 cents/lbp no de julho/25, um ganho de 1.375 pontos no valor de 350,25 cents/lbp no de setembro/25, e uma valorização de 1.325 pontos no valor de 345,30 cents/lbp no de dezembro/25.
Já o robusta registrava ganho de US$ 274 no valor de US$ 5,147/tonelada no contrato de maio/25, uma alta de US$ 222 cotado por US$ 5,019/tonelada no de julho/25, um aumento de US$ 202 negociado por US$ 4,937/tonelada no de setembro/25, e um avanço de US$ 203 cotado por US$ 4,857/tonelada no de novembro/25.