O mercado cafeeiro inicia esta quinta-feira (12) registrando ganhos moderados nas bolsas internacionais, e segue apreensivo diante de uma oferta limitada para 2025.
Nesta quarta-feira (11), a trader de café Neuman Gruppe GmbH disse que a safra de arábica do Brasil de 2025/26 deve chegar a 40 milhões de sacas, contradizendo a estimativa feita pela Volcafe, que aponta uma safra de 34,4 milhões de sacas para variedade.
A Neuman também divulgou que a demanda por café deve permanecer abaixo de 170 milhões de sacas na temporada 2024-25, estável em relação ao ano anterior, mas os suprimentos estão tão apertados que o mercado ainda enfrentará uma escassez global de 2 milhões de sacas. Ainda de acordo com a trader, os torrefadores estão demorando para repassar os aumentos de preços aos
consumidores.
Perto das 9h30 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com queda de 1.395 pontos no valor de 321,70 cents/lbp no vencimento de dezembro/24, um ganho de 210 pontos no valor de 322,20 cents/lbp no de março/25, uma alta de 225 pontos no valor de 322,30 cents/lbp no de maio/25, e um aumento de 220 pontos no valor de 315,25 cents/lbp no de julho/25.
Já o robusta registrava alta de US$ 51 cotado por US$ 5.212/tonelada no contrato de janeiro/25, um aumento de US$ 53 no valor de US$ 5.154/tonelada no de março/25, um ganho de US$ 58 no valor de US$ 5.100/tonelada no de maio/25, e uma alta de US$ 64 no valor de US$ 5.028/tonelada no de julho/25.
Para o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, as altas recordes do café em novembro e nos últimos dias caracteriza um momento atípico para o mercado cafeeiro.