O mercado cafeeiro encerra a sexta-feira (22) com o arábica registrando uma nova alta de 13 anos nos contratos futuros, e com o robusta subindo para um ganho de 1 mês e meio.
Segundo o Barchart, nas últimas semanas os preços do café têm suporte principalmente na preocupação com os danos de longo prazo à safra 2025.
De acordo com o Escritório Carvalhaes, os estoques estão baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, as informações sobre a forte queda de flores nos cafezais brasileiros são crescentes, e a resistência dos cafeicultores brasileiros em vender café nestes meses finais de 2024 contribuem com a forte alta nas bolsas internacionais e no mercado físico brasileiro.
O arábica encerra o pregão registrando um aumento de 660 pontos no valor de 302,25 cents/lbp no vencimento de dezembro/24, uma alta de 640 pontos no valor de 302,10 cents/lbp no de março/25, uma alta de 645 pontos no valor de 299,60 cents/lbp no de maio/25, e um ganho de 535 pontos no valor de 293,90 cents/lbp no de julho/25.
Já o robusta registra uma alta de 4,14% na bolsa de Londres, com um aumento de US$ 201 no valor de US$ 4.985/tonelada no contrato de novembro/24, uma alta de US$ 198 no valor de US$ 4.985/tonelada no de janeiro/25, um ganho de US$ 191 no valor de US$ 4.923/tonelada no de março/25, e uma alta de US$ 181 no valor de US$ 4.859/tonelada no de maio/25.
Mercado Interno
O mercado físico brasileiro também termina a 6ª feira (22) com fortes altas nas regiões acompanhadas pelo Notícias Agrícolas.
O Café Arábica Tipo 6 registra alta de 7,98% em Machado/MG no valor de R$ 2.000,00/saca, um aumento de 1,01% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.010,00/saca, e um aumento de 1,50% no valor de R$ 2.030,00/saca em Franca/SP.
Já o Cereja Descascado termina o dia com alta de 1,01% em Guaxupé/MG no valor de R$ 1.992,00/saca, e um aumento de 0,95% no valor de R$ 2.120,00/saca em Poços de Caldas/MG.
De acordo com o analista de mercado do The Price Futures Group, Jack Scoville, há relatos de que os produtores brasileiros já venderam muito café e estão segurando a venda de mais.
Para a analista de Agronegócio da Faemg, Ana Carolina Gomes, o preço está em um bom patamar, mas de nada adianta se não tivermos o produto para negociação. "Minha orientação ao produtor é que ele continue realizando os manejos adequados, mantenha sua produtividade na medida do possível, e aproveite os bons preços para fazer um fluxo de caixa, e para exportar os próximos ciclos. Com isso, ele irá garantir um volume satisfatório para manutenção da atividade na safra atual e nas próximas", explicou a analista.