Após iniciar o dia tentando avançar, o mercado futuro do café arábica voltou a operar com desvalorização para os principais contratos no pregão desta quarta-feira (12) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Por volta das 13h42 (horário de Brasília), setembro/23 tinha queda de 15 pontos, negociado por 157,40 cents/lbp, dezembro/23 tinha baixa de 15 pontos, valendo 156,85 cents/lbp, março/24 tinha baixa de 50 pontos, cotado por 157,10 cents/lbp e maio/24 tinha queda de 55 pontos, negociado por 158,15 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também voltou a operar no negativo. Setembro/23 tinha queda de US$ 36 por tonelada, negociado por US$ 2534, novembro/24 tinha baixa de US$ 22 por tonelada, valendo US$ 2400, janeiro/24 tinha queda de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 2336 e março/24 tinha queda de US$ 11 por tonelada, cotado por US$ 2302.
O mercado volta a operar com desvalorização após a Cooxupé atualizar os dados da colheita no Brasil. Os dados fazem parte do balanço semanal divulgado pela cooperativa e indicam que 42,68% da área foi colhida até o último dia 7 de julho.
Para os próximos dias, os modelos meteorológicos indicam a permanência do tempo com boas condições para a colheita da safra brasileira. Além do campo, o tempo firme e com sol quente favorecem na qualidade da safra e o produtor tem investido tempo e cuidado no processo de pós-colheita. As condições climáticas no Brasil devem continuar pressionando as cotações.
DESAFIOS
Desde a safra 20 o produtor de café vem vivenciando períodos de instabilidade, seja com as condições climáticas ou na intensa volatilidade nos preços. Com a safra avançando no Brasil e com o mercado precificando com bases nas condições das plantas já para o ano que vem, só no mês de junho as cotações na Bolsa de Nova York recuaram 40% no comparativo com o mesmo período no ano passado.
Entre o primeiro e último dia útil do mês, o contrato referência foi de R$ 1.020,00 para R$ 830,00 o tipo 6 bebida dura bica corrida, o que representa uma baixa de aproximadamente 19% no período. Diante deste cenário e com os custos elevados dos últimos ciclos, os dados mais recentes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que as contas "empatam" ou não têm grande lucratividade para o cafeicultor.