O 12º Prêmio Região do Cerrado Mineiro (RCM), que celebra os melhores cafés da safra, premiou os destaques em três categorias: Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida. Entre os vencedores, os associados da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) ficaram em evidência, com grandes conquistas.
Na categoria Café Cereja Descascado, os troféus de segundo e terceiro lugares foram para Guimarães Agropecuária e Eduardo Pinheiro Campos Filho, respectivamente. Já na categoria Fermentação Induzida, Beatriz Guimarães conquistou o segundo lugar.
“É uma emoção muito grande! Essa premiação nos motiva a buscar sempre mais. Competições como essa também nos ajudam a avaliar nosso posicionamento no mercado de cafés especiais, e isso faz toda a diferença. Esse resultado é fruto de muito amor e trabalho, nosso e de nossa equipe”, disse Eduardo Pinheiro Campos Filho.
O evento também concedeu troféus especiais, como o Mulheres de Atitude, que desde 2022 celebra o papel fundamental do público feminino na produção de café. Neste ano, a produtora Beatriz Aparecida de Souza foi a homenageada. Já o Troféu Atitude Sustentável, que reconhece boas práticas agrícolas e socioambientais, foi entregue à família Urban, da Fazenda Rio Brilhante.
“Estamos muito felizes com os resultados. Essas vitórias são um reflexo do compromisso dos nossos cooperados com uma cafeicultura inovadora, de qualidade e sustentável”, afirmou Simão Pedro de Lima, Diretor Presidente Executivo da Expocacer.
Leilão Solidário
Os cafés vencedores do 12º Prêmio RCM participaram do Leilão Solidário e contou com um recorde histórico na cafeicultura do Brasil, com uma saca de café vendida a R$ 115 mil.
O café é do produtor Enivaldo Marinho Pereira, da fazenda Cruzeiro/Cachoeira, de Carmo do Paranaíba/MG, que teve seu grão classificado em 3º lugar na categoria Natural (88,16 pontos). O segundo maior lance foi para o café campeão da categoria Fermentação Induzida (90,13 pontos), produzido na fazenda São Lourenço, de Patrocínio/MG, do cafeicultor Haroldo Barcelos Veloso, adquirido por R$ 100 mil reais.
Durante o leilão, os produtores quebraram o protocolo e doaram sacas de cafés que foram arrematadas em prol do Hospital do Câncer de Patrocínio (R$97.833,33 arrecadados) e para a Campanha de tratamento médico do menino Dudu (R$ 303.333,33).
Dentre os doadores estão os cooperados da Expocacer das famílias Nunes, Guimarães e Naimeg e também o cafeicultor Alexandre Alexandrini.
O prêmio
Organizado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com o apoio do Sebrae, o prêmio homenageia os melhores cafés produzidos nos 55 municípios que integram a Denominação de Origem Cerrado Mineiro. A região conta com cerca de 4.500 produtores e é responsável por 25,4% da produção de café de Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.
Neste ano, o Prêmio superou expectativas ao registrar 547 amostras de café, registrando um recorde. Dessas, 278 foram da categoria Café Natural, 78 de Cereja Descascado e 191 de Fermentação Induzida. O Leilão Café Solidário arrecadou R$ 557 mil, sendo um dos lances mais altos o do café da Fazenda São Lourenço, em Patrocínio, de Haroldo Barcelos Veloso, na categoria Fermentação Induzida, vendido por R$ 100 mil.