Esta sexta-feira (08) foi de baixas acima de 2% entre os principais contratos do café nas bolsas de Nova York e Londres. Mesmo assim, as cotações ainda seguem com parte dos avanços registrados na última quinta-feira (09), que superam os 4%.
Em Nova York, o arábica perdeu 705 pontos (2,71%) no contrato dezembro/24, que fechou em 253,35 cents/lbp. O dezembro/24 caiu 705 pontos (2,71%) e passou a valer 253,35 cents/lbp. O março/25 terminou o dia com preço de 253,10 cents/lbp, após redução de 665 pontos (2,56%). O maio/25 terminou a sessão em 251,80 cents/lbp, diminuição de 655 pontos (2,54%).
O robusta na Bolsa de Londres teve redução de US$ 110 (2,45%) no contrato novembro/24, cotado em US$ 4.376/tonelada. O janeiro/25 caiu US$ 110 (2,45%) e passou a valer US$ 4.376/tonelada. O março/25 perdeu US$ US$ 106 (2,40%) e passou a valer US$ 4.318/tonelada. O maio/25 fechou em US$ 2.263/tonelada, após redução de US$ 102 (2,34%).
De acordo com o que aponta o Barchart, as baixas desta sexta-feira foram provocadas por conta de um aumento na exportações globais de café. A Organização Internacional do Café (IOC) divulgou hoje um aumento de 25% das exportações no último mês de setembro na comparação com 2023, com um total de 10,76 milhões de sacas, e de 11,7% entre setembro de 2023 e outubro de 2024 na comparação o mesmo período anterior, após uma contabilização de 137,27 milhões de sacas.
Nesta sexta-feira, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, no Notícias Agrícolas, Eduardo Carvalhaes, analista do Escritório Carvalhes, ressaltou um bom desempenho das exportações brasileiras, que, como ele destacou, chegam a 5 milhões de sacas neste mês de outubro.
Porém, mesmo com essa disponibilização de café no mercado externo, Carvalhes afirma que não há café sobrando no mercado e a tendência é de que esse cenário sustentem os preços. Ele ressalta que o Brasil está saindo de uma seca de seis meses que esgotaram os cafezais e destruiu grande parte do potencial de produção para o próximo ano, isso após um ano de 2023 também problemas climáticos que resultaram em quebra neste ano de 2024.
“Vamos continuar assistindo muita oscilação, mas como não há café sobrando no mercado, a tendência é dos preços se sustentarem. Apesar dos bons embarques brasileiros, agora o cafeicultor coloca o pé no freio e espera para saber como será a produção da lavoura após as floradas. Só vamos ter certeza de como vai ser a próxima safra entre o final de fevereiro e início de março”, completa Carvalhaes.
No mercado físico brasileiro, o Tipo 6 Bebida Dura Bica Corrida teve alta de 0,93% em Poços de Caldas/MG e está cotado em R$ 1.635/kg. Em Machado/MG foi registrada baixa de 1,89%, com valor de R$ 1.560/tonelada. Em Campos Gerais/MG, teve uma redução de 0,62%, com preço de R$ 1.590/saca.
O café cereja descascado subiu 0,87% em Poços de Calda/MG e vale R$ 1.745/saca. Em Campos Gerais/MG, foi contabilizada uma baixa de 0,60%, com valor de R$ 1.650/saca.