O mercado cafeeiro teve uma sexta-feira (13) com fortes avanços nas bolsas de Nova York e Londres. O robusta disparou para uma alta recorde e encerra o pregão com aumento de US$ 190 no vemcimento de novembro/24 cotado por US$ 5.267/tonelada, uma alta de US$ 182 no valor de US$ 4.998/tonelada no de janeiro/25 e um ganho de US$ 180 no valor de US$ 4.790/tonelada no de março/25.
Relatório enviado pela Pharos Consultoria mostrou que os estoques de café robusta diminuíram em setembro, de acordo com os dados mais recentes da ICE U.S. e ficaram em 1.001.667 sacas em 11 de setembro, uma queda de 23.500 sacas em relação ao mês anterior. A queda nos estoques pode levar a um aumento dos preços do robusta. "Os preços do café já têm subido nos últimos meses, e se os estoques continuarem a diminuir, é provável que os preços continuem a subir", destacou ainda o documento.
Já o arábica termina o dia com valorização de 1.005 pontos no valor de 259,45 cantes/lbp no vencimento de dezembro/24. No contrato de março/25 registra alta de 960 pontos no valor de 256,45 cents/lbp, e no de maio/25 alta de 935 pontos no valor de 253,95 cents/lbp.
No Brasil, sazonalidade do café acabou, e isso também está aumentando a pressão no mercado cafeeiro. De acordo com informações de Pavel Cardoso, presidente da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café, a expectativa inicial era de que uma safra de 29 milhões de sacas viria do Vietnã em novembro, mas dados atuais já apontam que não se colherá mais de 24 milhões de saca do robusta por lá. "Isso tudo somado a falta de chuva, traz uma carga adicional de responsabilidade e de expectativas quanto a safra brasileira de 2025", completou Pavel.
O Brasil vem enfrentando o clima mais seco desde 1981. A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) atualizou na quinta-feira (12) que a previsão da ocorrência do La Niña aumentou para 71% de probabilidade de se estabelecer entre este mês de setembro e novembro deste ano. Mas, apesar do aumento na probabilidade de que ocorra o fenômeno, espera-se que ele seja fraco.
Mercado Interno
O mercado físico brasileiro avançou com ganhos pontuais e encerra a semana com pouca variação. De acordo com a Safras & Mercado, apesar do produtor encontrar bons preços e um mercado cafeeiro super valorizado, a incerteza da produção da safra 2025 mantém as negociações internas mais retraídas.
O Café Arábica Tipo 6 encerra a sexta-feira (13) com valorização de 1,36% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 1.490,00/saca, uma alta de 1,03% em Guaxupé/MG sendo cotado por R$ 1.475,00/saca e um aumento de 0,67% no valor de R$ 1.505,00/saca em Campos Gerais/MG.
Já o Cereja Descascado registra alta de 1,31% em Guaxupé no valor de R$ 1.552,00/saca e em Varginha/MG um aumento de 1,28% no valor de R$ 1.580,00/saca.