Depois de subirem no decorrer da semana e ontem, quinta-feira, trabalharem em forte alta, hoje, os contratos de café, tanto na ICE Futures US, em Nova Iorque, como na ICE Europe, em Londres, trabalharam em baixa, em um movimento de ajustes e de realização de lucros por fundos e especuladores.
Em Nova Iorque, os contratos para julho próximo bateram hoje em US$ 1,9660 na máxima do dia. Depois recuaram, viraram para o negativo, e fecharam em queda de 420 pontos, a US$ 1,9065 por libra peso. Ontem, esses contratos chegaram a trabalhar acima de mil pontos de alta e encerraram o pregão com ganhos de 945 pontos, a US$ 1,9485 por libra peso. Anteontem, fecharam em alta de 280 pontos. Na terça-feira, terminaram o dia em queda de 50 pontos, depois de trabalharem por praticamente todo o pregão em alta. Na segunda-feira, encerraram o dia em alta de 280 pontos. No balanço desta semana, os contratos para julho próximo somaram alta de 1.035 pontos (os contratos com vencimento em setembro próximo subiram 895 pontos na semana). No balanço da semana passada, esses contratos para julho recuaram 130 pontos. No transcorrer do mês de maio, caíram 730 pontos. No mês de abril subiram 1.625 pontos.
Na ICE Europe, em Londres, os contratos para julho próximo recuaram hoje 32 dólares e encerraram a semana valendo 2.728 dólares por tonelada. Ontem, esses contratos subiram 86 dólares e fecharam valendo 2.760 dólares por tonelada. No balanço desta semana, somaram alta de 153 dólares por tonelada. No balanço da semana passada, subiram um dólar por tonelada.
Informações sobre problemas com a produção mundial de café continuam chegando ao mercado semana após semana. Os números sobre o consumo ao redor do mundo permanecem positivos e os estoques de café, tanto nos países produtores como nos consumidores são pequenos, bem abaixo das médias históricas.
Ontem, quinta-feira (8), a Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês), informou que um El Niño antecipado já está oficialmente formado. Deve ser forte, bagunçar o clima em todo o mundo e dar à Terra - já em aquecimento - um pouco mais de calor. Segundo anunciaram os meteorologistas, ele deve ser levemente diferente dos anteriores. Neste ano, o El Niño se formou pelo menos um mês antes do que costuma acontecer, o que dá ao fenômeno um pouco mais de tempo para crescer. Com isso, existe a possibilidade de 2023 bater um novo recorde de ano mais quente dos registros, com temperaturas superiores às registradas em 1998 e 2016, anos especialmente quentes (fonte: jornal O Estado de São Paulo). Se esta previsão se confirmar, teremos novamente sérios problemas com a produção mundial de café.
As exportações de café do Vietnã, nos primeiros cinco meses de 2023, ficaram em 866.121 toneladas, uma queda de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados alfandegários do governo vietnamita na sexta-feira (fonte Reuters/Notícias Agrícolas).
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram, hoje, mais 1.842 sacas. Há um ano totalizavam 1.020.880 sacas, quando já eram considerados baixos e muito preocupantes. Caíram, neste período, 470.501 sacas. Estão em 550.379 sacas. Nesta semana, esses estoques somaram queda de 23.129 sacas. No mês de maio, os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram 14,2%. Foram 96.645 sacas menos que as 680.163 sacas existentes no último dia de abril. No mês de abril, a queda foi de 62.731 sacas.
O dólar fechou hoje em queda de 0,97%, a R$ 4,8760 - seu menor valor desde junho de 2022. Na quarta-feira - ontem foi feriado nacional de Corpus Christi no Brasil - encerrou o dia em alta de 0,24%, a R$ 4,9240. Na sexta-feira passada, fechou a semana a R$ 4,9540.
Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE americana fecharam, hoje, a R$ 1.229,69. Ontem, fecharam a R$ 1.269,15. Anteontem encerraram a R$ 1.207,60. Na sexta-feira passada, encerraram a semana valendo R$ 1.181,53.
No mercado físico brasileiro os compradores subiram o valor de suas ofertas no decorrer da semana, acompanhando, de longe, a escalada das cotações na ICE em Nova Iorque. A queda do dólar frente ao real prejudicou a subida das cotações em nosso mercado físico. Os produtores continuaram retraídos. O volume de negócios fechados foi baixo.
A colheita da nova safra avança, mas há muitos relatos sobre a quantidade ainda grande de frutos verdes nos cafeeiros.
Até dia 9, os embarques de maio estavam em 1.985.350 sacas de café arábica, 131.689 sacas de café conilon, mais 327.971 sacas de café solúvel, totalizando 2.445.010 sacas embarcadas, contra 2.682.786 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 9, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 2.646.127 sacas, contra 2.515.667 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Até dia 9, os embarques de junho estavam em 259.636 sacas de café arábica, 12.459 sacas de café conilon, mais 43.005 sacas de café solúvel, totalizando 315.100 sacas embarcadas, contra 453.422 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 9, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 464.424 sacas, contra 418.518 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 2, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 9, subiu, nos contratos para entrega em julho próximo, 1.035 pontos ou US$ 13,69 (R$ 66,76) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam, no dia 2, a R$ 1.181,53 por saca, e hoje, sexta-feira, dia 9, a R$ 1.229,69. Hoje, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 420 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca para os cafés verdes do tipo 6 para melhor, safra 2022/2023, condição porta de armazém:
R$ 1050/1100,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$ 1040/1070,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$ 1020/1040,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$ 980/1000,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$ 970/980,00 - RIADOS.
R$ 970/980,00 - RIO.
R$ 900/950,00 - P. BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$ 900/950,00 - P. BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADA.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 4,8760 PARA COMPRA.